O importante papel da troca de conhecimentos e experiências, difusão de tecnologias e espaço para discussão de temas inerentes a caprinovinocultura de corte foi cumprido, entre 24 e 28 de outubro, na cidade de João Pessoa, capital paraibana.
Todavia, não podemos deixar de lançar um olhar mais crítico sobre o evento. Pude observar que os problemas discutidos neste ano de 2011, não diferem muito dos debates liderados em 2009 ou 2007. Estamos evoluindo, quanto?
Uma coisa é certa, conhecemos nossas limitações. Todavia, insistimos em alguns erros. Por exemplo, continuamos querendo fazer da carne caprina e ovina um artigo de luxo, vitrine de restaurantes "cinco estrelas", a meu ver, um erro. Temos sim, que desmistificar o consumo da carne caprina e ovina, devemos ter quantidade e qualidade suficientes para atender o consumidor moderno, o fast food, a dona de casa que faz seu banquete diário para família, facilitar a vida de uma pessoa comum que se aventura na cozinha.
As políticas públicas deveriam estar voltadas para a melhoria do produto, seja caprino ou ovino, mas, concomitantemente, incentivar o consumo, usar a mídia, a merenda escolar, "cair em campo".
Bem, tudo muito simples... Não, pelo contrário. É tarefa das mais árduas. Ainda estamos muto longe de oferecer ao mercado um produto com quantidade e qualidade exigidas, ainda estamos quebrando a cabeça com o manejo dos rebanhos, com disponibilidade de genética adequada a produção de carne.
As pesquisas ainda são desencontradas, as vezes parecemos não saber aonde ir. Nesta área também possuímos enorme potencial, seja individual ou coletivo, através de instituições como a EMBRAPA, EMEPA, EMPARN, IPA, UF´S, IF´S, dentre tantas outras. De fato, precismos melhorar a articulação desses trabalhos, a comunicação entre instituições, deixar o orgulho de lado, se unir em prol de um bem comum, a caprinovinocultura de carne no nordeste.
Logicamente, o saldo é bem positivo. Outra dica, vamos, de fato, tornar o Simpósio internacional, não basta apenas trazer um ou outro pesquisador para ministrar algumas palestras (sem desmerecer o profissional), vamos trazer resultados, pesquisas, dados, números, algo concreto para aplicarmos aqui.
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