Nunca pretendi, longe disso, me tornar um blogueiro amplamente comentado, minha única pretensão é de tornar-me um agente ativo neste processo de digitalização, desta maneira, levar um pouco de conhecimento cientifico e pensamento crítico de nossa realidade, através de uma linguagem simples e direta, para os lares de curiosos, estudantes de cursos da área agrícola, técnico ou superior, bem como, para os produtores, os maiores interessados (e os que mais me interessam).
Estamos no auge da interação social, entretanto, virtual. Aí estão as redes sociais, cada vez mais difundidas e utilizadas em todo o globo terrestre. Infelizmente em nosso Brasil nunca tivemos tão atônitos. Que pena, uma nação que até ante mesmo de existir já enfrentava desafios de maneira urgida e feroz. Fomos assim contra as invasões francesa e holandesa. O povo também esteve nas ruas em muitos momentos históricos, elevando ou decretando o fim de um ciclo, veja, revolução de 1930, a luta pela constituição encabeçada pelos paulistas, a queda e o fatídico fim de Getúlio Vargas. Outros exemplos não faltam: as "diretas já" e o "fora Collor". Em comum, o caráter urbano, o acesso as informações e a criação de um pensamento crítico. Todavia, deixamos de ir as ruas, hoje preferimos postagens no Facebook, tenho que admitir, é bem mais cômodo.
Agora quero citar as revoltas populares nascidas em meio rural, especificamente no semiárido, concebidas em meio a fome e a miséria como um grito de desespero, muitas vezes manipulados, como um cego sendo guiado por um inimigo. Foi assim na revolta do "Quebra Quilos" com origem na cidade de Fagundes-PB (à época, apenas distrito) se espalhando até Campina Grande-PB, onde ganhou notoriedade, tudo pelo medo do novo, medo da modernidade abortada, se exigia o uso do Kg como unidade de medida nas transações envolvendo o peso. Nos adiantando um pouco mais no tempo, temos a era do Cangaço e o seu Lampião, miseráveis em pé de guerra, empunhando armas e munição, sentiram o gosto do poder, poder ter acesso a água e a comida, se sentir visto e vivo. Perderam as rédias, faltou controle e ficaram sem rumo, decapitados. A maioria da população aplaudiu.
Em resumo, uns se revoltavam pela consciência e pelo olhar crítico, outros foram levados pela essência mais animal em um homem, o instinto. Hoje, o que fazemos, como agimos?
Em um ano que, verdadeiramente se inicia, afinal, passamos pelo carnaval, se faz necessário várias reflexões...
Evoluímos, quanto?
Temos o que queremos, ou o que podemos?
Fazendo agora uma analogia com os temas principais desse blog, técnicas aplicáveis ao manejo animal, consigo vislumbrar uma grande conexão. Nós, camponeses, agricultores, produtores rurais, veterinários, agrônomos, zootecnistas, técnicos em agropecuária, comerciantes, empresários, cidadãos urbanos, todos, nordestinos, vivemos no fio da navalha, povoamos um bioma ao mesmo tempo "forte" e "sensível", sensível de mais para esperar que o homem aprenda a conviver com suas características, assim como fazem as plantas e os "outros animais". Todos nós somos dependentes do clima. A maioria de nós, inclusive, ainda o culpamos pelas nossas mazelas, pela fome, pela sede, pela morte. A seca sem preparação trás miséria, população sacrificada, trás comércio vazio, trás desemprego e êxodo rural, cidades repletas, aumento da criminalidade e mortes. Mais uma vez, faço indagações:
Cadê a transposição?
Cadê as barragens?
Cadê as adutoras?
Cadê a difusão de tecnologias?
Cadê a assistência técnica efetiva?
Cadê os investimentos nas ações de convivência com o semiárido?
Mais um ano e mais um ciclo. Chega de bolsas e de programas remediadores, queremos a cura!!
Como disse o artista. "Brasil, mostra a tua cara"
Estamos no auge da interação social, entretanto, virtual. Aí estão as redes sociais, cada vez mais difundidas e utilizadas em todo o globo terrestre. Infelizmente em nosso Brasil nunca tivemos tão atônitos. Que pena, uma nação que até ante mesmo de existir já enfrentava desafios de maneira urgida e feroz. Fomos assim contra as invasões francesa e holandesa. O povo também esteve nas ruas em muitos momentos históricos, elevando ou decretando o fim de um ciclo, veja, revolução de 1930, a luta pela constituição encabeçada pelos paulistas, a queda e o fatídico fim de Getúlio Vargas. Outros exemplos não faltam: as "diretas já" e o "fora Collor". Em comum, o caráter urbano, o acesso as informações e a criação de um pensamento crítico. Todavia, deixamos de ir as ruas, hoje preferimos postagens no Facebook, tenho que admitir, é bem mais cômodo.
Agora quero citar as revoltas populares nascidas em meio rural, especificamente no semiárido, concebidas em meio a fome e a miséria como um grito de desespero, muitas vezes manipulados, como um cego sendo guiado por um inimigo. Foi assim na revolta do "Quebra Quilos" com origem na cidade de Fagundes-PB (à época, apenas distrito) se espalhando até Campina Grande-PB, onde ganhou notoriedade, tudo pelo medo do novo, medo da modernidade abortada, se exigia o uso do Kg como unidade de medida nas transações envolvendo o peso. Nos adiantando um pouco mais no tempo, temos a era do Cangaço e o seu Lampião, miseráveis em pé de guerra, empunhando armas e munição, sentiram o gosto do poder, poder ter acesso a água e a comida, se sentir visto e vivo. Perderam as rédias, faltou controle e ficaram sem rumo, decapitados. A maioria da população aplaudiu.
Em resumo, uns se revoltavam pela consciência e pelo olhar crítico, outros foram levados pela essência mais animal em um homem, o instinto. Hoje, o que fazemos, como agimos?
Em um ano que, verdadeiramente se inicia, afinal, passamos pelo carnaval, se faz necessário várias reflexões...
Evoluímos, quanto?
Temos o que queremos, ou o que podemos?
Fazendo agora uma analogia com os temas principais desse blog, técnicas aplicáveis ao manejo animal, consigo vislumbrar uma grande conexão. Nós, camponeses, agricultores, produtores rurais, veterinários, agrônomos, zootecnistas, técnicos em agropecuária, comerciantes, empresários, cidadãos urbanos, todos, nordestinos, vivemos no fio da navalha, povoamos um bioma ao mesmo tempo "forte" e "sensível", sensível de mais para esperar que o homem aprenda a conviver com suas características, assim como fazem as plantas e os "outros animais". Todos nós somos dependentes do clima. A maioria de nós, inclusive, ainda o culpamos pelas nossas mazelas, pela fome, pela sede, pela morte. A seca sem preparação trás miséria, população sacrificada, trás comércio vazio, trás desemprego e êxodo rural, cidades repletas, aumento da criminalidade e mortes. Mais uma vez, faço indagações:
Cadê a transposição?
Cadê as barragens?
Cadê as adutoras?
Cadê a difusão de tecnologias?
Cadê a assistência técnica efetiva?
Cadê os investimentos nas ações de convivência com o semiárido?
Mais um ano e mais um ciclo. Chega de bolsas e de programas remediadores, queremos a cura!!
Como disse o artista. "Brasil, mostra a tua cara"
Comentários
Postar um comentário